CAU/PI é totalmente contrário à expansão do Ensino a Distância para graduação em Arquitetura
11 de fevereiro de 2019 |
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Piauí é totalmente contrário à expansão do Ensino a Distância para a graduação em Arquitetura e Urbanismo. O entendimento é o mesmo do CAU/BR. A Plenário do Conselho já demonstrou em várias ocasiões ser contrário a proposta ser “perigosa a oferta de cursos de graduação na modalidade EaD”.
Uma manifestação assinada pelo Plenário do Conselho do CAU/BR destaca que na modalidade a distância os estudantes não contam, por exemplo, com a vivência nos canteiros de obras, nos laboratórios e nos ambientes profissionais. (clique aqui para ler a íntegra). “Consideramos a importância da evolução tecnológica e das ferramentas de comunicação à distância, entretanto, entendemos que o ensino superior de Arquitetura e Urbanismo com critérios mínimos de qualidade, nas atuais condições, não é possível de outra forma que não seja presencial”.
O CAU/BR assinou ainda uma manifestação oficial conjunta de dezessete conselhos profissionais contra a expansão dos cursos de graduação à distância no Brasil. O documento foi aprovado na segunda reunião do Fórum Permanente sobre o Ensino Superior na Visão dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas, realizada na sede da OAB, em Brasília.
A nota reitera o “compromisso com a defesa da educação superior e da valorização de profissionais devidamente habilitados junto ao Conselho Profissional competente com o filtro necessário ao ingresso na profissão” (acesse aqui a íntegra).
Piauí
O conselheiro do CAU/PI, Fritz Moura, que leciona Arquitetura e Urbanismo há mais de 20 anos, explica que ciências como a Arquitetura não devem ser incluídas no modelo à distância, uma vez que o cotidiano da formação demanda conhecimento prático e exige uma vivência muito próxima entre aluno e professor, para construção de habilidades necessárias a boa atividade profissional.
Ele argumenta que o arquiteto lida com vidas humanas, porque sua produção é para a vivência humana. “Então o arquiteto e urbanista tem a responsabilidade técnica para que esses projetos não causem danos as pessoas, seja por projeto ruim, que condicione dificuldade de utilização do ambiente, ou seja por ele seja mal construído, que possa causar prejuízos a saúde e segurança de seus habitantes”.
Fritz Moura cita, por exemplo, que um dos focos fundamentais da Arquitetura é o conforto ambiental. “Tal disciplina precisa ser passada do professor para o aluno de forma quase individualizada, inclusive, é recomendável sempre que as salas de aulas não tenham mais de 15 ou 18 alunos, para que o acompanhamento seja bem realizado”.