Patrimônio Histórico e Acessibilidade: os desafios de na garantia de acessibilididade em prédios tombados
17 de agosto de 2022 |
Hoje é Dia do Patrimônio Histórico Nacional. Uma data simbólica para lembrarmos que além da importância de assegurar a preservação dos prédios que possuem valores culturais, arquitetônicos e históricos, é preciso garantir acessibilidade nestes espaços. Por uma questão de contexto histórico, é notório que prédios construídos nos séculos 18 e 19 não possuem, originalmente, itens de acessibilidade. Nessa época, este tema ainda não estava presente na agenda social de debates.
Atualmente, a sociedade evoluiu e a legislação já regulamenta como preservar e até restaurar edificações tombadas, inserindo as condições de acessibilidade. “A compatibilização das intervenções que asseguram a acessibilidade e mobilidade em patrimônios tombados é um grande desafio, porém é de suma importância, pois visa a inclusão social em ambientes de grande valor histórico, cultural e de identidade”, pontua a Arquiteta e Urbanista Patrícia Mendes, conselheira do CAU/PI.
O Arquiteto e Urbanista Êdi Palheta, explica que toda pessoa tem o direito de acesso a cultura, ao lazer e a todas as informações e sensações que envolvem os prédios históricos. “Neste sentido, é preciso ressaltar que somente por meio de intervenções de acessibilidade adequadas será garantido às pessoas com deficiência o direito de usufruir dos espaços tombados”, pontua.
Patrícia Mendes acrescenta ainda que no Piauí já há exemplos de intervenções como a Revitalização do Conjunto Arquitetônico Porto das Barcas em Parnaíba e o Museu do Piauí em Teresina, ambos projetados e executados pelo poder público, que atendem aos critérios de acessibilidade.