CAU/PI apoia realização do 1° BIMDAY em Teresina
7 de agosto de 2019 |
O CAU/PI está atento a influência da tecnologia no exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo. Diante deste cenário, a instituição apoia a realização do 1º BIMDAY-PI, evento realizado pela Câmara Brasileira de Bim no Estado do Piauí, que vai ocorrer dia 23 de agosto, das 8h às 19h, no auditório da Fiepi. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas no link: https://bit.ly/31mDsgU
O evento vai contar com apresentações institucionais de órgãos que já utilizam a plataforma BIM, fabricantes de software para falar sobre produtos que ajudam arquitetos e urbanistas na hora de elaborar projetos, e com consultores BIM nacionais e sobre o mercado internacional.
O BIM é uma tecnologia que será obrigatória para a elaboração de projetos nas esferas federais e municipais a partir de 2021. Dessa forma, ela será essencial na Arquitetura e Urbanismo e em toda a construção civil.
O Arquiteto e Urbanista Jorge Lima, coordenador do Grupo de Trabalho sobre BIM no CAU/PI, explica que é necessário que os profissionais tenham conhecimento sobre a metodologia, uma vez que ela será essencial na elaboração de projetos.
Com apoio do CAU Jovem, um stand será instalado para divulgar os trabalhos do Grupo de Trabalho do CAU/PI sobre a plataforma BIM.
Conheça mais sobre a tecnologia e seus desafios:
Os avanços tecnológicos estão em alta nas discussões em universidades, empresas e diversos eventos pelo Brasil. Na construção civil, com desafios e dificuldades em seu fluxo de desenvolvimento, atualmente o aperfeiçoamento de técnicas de gestão requer mudanças na estrutura de trabalho.
Em se tratando da evolução de processos dentro da construção civil, uma figura especial tem se destacado: o BIM. O Building Information Modeling, ou modelagem de informação da construção, ou simplesmente BIM, é o presente e precisamos nos adaptar a esta nova tecnologia. Os projetos passarão por um novo processo de desenvolvimento e compatibilização, proporcionando obras mais eficientes e econômicas, devido ao melhor controle das fases de elaboração e execução.
Por meio da publicação do Decreto nº 9.377, de 17 de maio de 2018, o governo federal oficializou a Estratégia Nacional para a Disseminação do Building Information Modeling (BIM), ou Estratégia BIM BR, cuja finalidade é promover um ambiente adequado ao investimento na metodologia e sua difusão no Brasil. Isto significa que as empresas de arquitetura e engenharia deverão se preparar para utilizar a metodologia, considerando que o governo tem expectativa de, em 10 anos, disseminar o BIM em obras públicas.
Assim, os prazos para implementação foram divididos em três etapas:
• A partir de janeiro de 2021: a exigência de BIM se dará na elaboração de modelos para a arquitetura e engenharia nas disciplinas de estrutura, hidráulica, AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado) e elétrica na detecção de interferências, na extração de quantitativos e na geração de documentação gráfica a partir desses modelos;
• A partir de janeiro de 2024: os modelos deverão contemplar algumas etapas que envolvem a obra, como o planejamento da execução da obra, na orçamentação e na atualização dos modelos e de suas informações como construído (“as built”). Além das exigências da primeira fase;
• A partir de janeiro de 2028: passará a abranger todo o ciclo de vida da obra ao considerar atividades do pós-obra. Será aplicado, no mínimo, nas construções novas, reformas, ampliações ou reabilitações, quando consideradas de média ou grande relevância, nos usos previstos na primeira e na segunda fases e, além disso, nos serviços de gerenciamento e de manutenção do empreendimento após sua conclusão.
Entre as metas estipuladas, com prazos escalonados, está aumentar em 10 vezes a implantação do BIM, de forma que 50% do PIB da construção civil tenha adotado a metodologia até 2024. Atualmente, 9,2% das empresas do setor da construção (que correspondem a 5% do PIB do setor) utilizam o BIM em suas rotinas de trabalho, de acordo com pesquisa e estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentada no documento Construção Inteligente, pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) complementarmente ao decreto.
No setor público, a Prefeitura Municipal de Teresina assim como o Governo da Paraíba e Bahia já se encontram em avanço com relação ao uso da tecnologia no setor de projetos e contratação, acompanhando outros estados como por exemplo Santa Catarina. Em contrapartida, no setor privado alguns escritórios já incorporaram na sua rotina alguma iniciativa utilizando a metodologia e tecnologia disponível.
Visando disseminar o BIM com papel informativo para toda a classe e população, o Conselho de Arquitetura do Piauí dispõe de um Grupo de Trabalho GT BIM, passível de lotação para interessados na metodologia, objetivado em posicionar o Estado do Piauí frente às mudanças que estão ocorrendo em toda a cadeia produtiva AECO.