POLÍTICAS AFIRMATIVAS PARA MULHERES ARQUITETAS E URBANISTAS
3 de julho de 2023 |
Profissionais e estudantes de Arquitetura e Urbanismo podem se inscrever até 14 de julho, no processo de seleção para compor o Grupo de Trabalho Políticas afirmativas para mulheres Arquitetas e Urbanistas, que é coordenado pela Arquiteta e Urbanista Rayana Patrícia Cunha. Quem tiver interesse, deve ler o plano de trabalho e preencher o formulário do processo de seleção. São 10 vagas para profissionais e 20 vagas para estudantes.
Grupo de Trabalho: Políticas afirmativas para mulheres Arquitetas e Urbanistas
Coordenadora: Arquiteta e Urbanista Rayana Patrícia Cunha
- JUSTIFICATIVA/ PROBLEMÁTICA
Culturalmente, o espaço de atuação profissional para as mulheres é restrito e tímido, frutos de uma sociedade extremamente machista.
Dentro dessa perspectiva negativa, destaca- se mais um levantamento realizado pelo CAU/BR (2020), que constatou que apenas, 4,33% dos arquitetos e urbanistas atuantes no mercado se autodeclaram negros enquanto 78,14%, são brancos.
“Pensando estruturalmente como a nossa sociedade se forja percebe-se que são poucas as pessoas negras em condição de se estabelecer no mercado da construção civil e da arquitetura como
donos ou sócios majoritários de grandes escritórios, a falta de visibilidade tem muito a ver também com que tipo de visibilidade o próprio campo constrói para si.” (PEREIRA, 2021, s.p.)
Devido a isto, precisamos pensar em ações que reafirmem nossas presenças e competências nos espaços como profissionais Arquitetas. Para além da questão da representatividade, precisamos entender quais são os acessos que as arquitetas tem a clientes ou ao Estado, quais são as possibilidades de trabalho, onde e como estão atuando?
“Somos diferentes, mas precisamos garantir que essas diferenças não incidam nas nossas condições de acesso e permanência na profissão. […] Precisamos da diversidade na profissão para melhor atender a sociedade, entender as suas evoluções, as novas demandas e promover arquiteturas e cidades mais inclusivas.” (CAU BRASIL, 2023, s p.)
- QUANTOS PROFISSIONAIS
10 profissionais
- CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO
Aberto a todas as profissionais que acreditam na força e no impacto que ocorrem ao incentivar mulheres a serem protagonistas no mercado de Arquitetura e Urbanismo. E, que tenham interesse em discutir, agregar conhecimento e trabalhar ações e políticas afirmativas com o intuito de dar visibilidade ao trabalho das arquitetas piauienses, principalmente as pretas e periféricas, em suas mais variadas atribuições.
- QUANTOS ESTUDANTES
20 alunos
- CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO
Acadêmicas que estejam devidamente matriculados na faculdade, que estejam cursando e inscritos de forma espontânea via formulário online.
As acadêmicas serão certificadas pelo tempo de dedicação ao GT- POLÍTICAS AFIRMATIVAS PARA ARQUITETAS CAU/PI, comprovado pela frequência nas reuniões e ações a serem definidas.
- OBJETIVO GERAL:
Realizar práticas e criar políticas afirmativas que impulsionem o protagonismo feminino no mercado da construção civil, principalmente, às pretas e periféricas.
- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Dar visibilidade às produções das ArquitetAs piauienses, em suas mais variadas atribuições.
- Mapear as arquitetas e suas produções criativas.
- Criar um banco de dados das arquitetas e suas produções.
- Investigar ações que viabilizem a inserção das arquitetas pretas no mercado da Arquitetura e Urbanismo.
- Realizar um relatório de impacto de gênero.
- Realizar eventos, atividades práticas diversas para conscientização dos profissionais para a relevância de políticas afirmativas para mulheres no mercado da construção civil.
- PLANEJAMENTO
Ouvidoria e levantamento de dados:
Coleta de dados e informações relevantes sobre a atuação das arquitetas e o desenvolvimento dos seus trabalhos no mercado da construção civil piauiense.
- DIAGNÓSTICO:
Depois de analisar os dados coletados, é hora de identificar os pontos críticos que acometem o bom exercício profissional das mulheres, destacando as pretas e periféricas, na Arquitetura.
- Conscientização e implementação das Políticas afirmativas:
Depois de realizar o diagnóstico, é hora de trabalhar nas ações afirmativas, articular políticas que favoreçam o protagonismo feminino e ampliar a participação das Arquitetas nos espaços de representação.
INSCRIÇÕES: Realize sua inscrição aqui!