CAU/BR discute mudanças no ensino de Arquitetura e Urbanismo
23 de julho de 2013 |
Organizações de arquitetos e urbanistas brasileiros vão propor ao Conselho Nacional de Educação (CNE) mudanças nas atuais diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Essas diretrizes foram atualizadas pela última vez em 2010. “Contudo, a edição aprovada pelo CNE apresentou alterações importantes e conflitantes com o percurso de qualificação do ensino e formação na área que ocorreu nos últimos 20 anos, principalmente se levarmos em conta a criação do CAU e a atualização da carta da UNESCO/UIA sobre educação dos arquitetos”, afirma Eduardo Chiletto, coordenador da Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR. “Nos seminários discutiremos o conteúdo curricular versus a atribuição legal, a formação acadêmica versus a prática profissional, questões importantíssimas para o ensino e a formação, assim como para o exercício profissional pleno”.
Entre os assuntos que deverão ser abordados estão as atividades que só podem ser realizadas por arquitetos e urbanistas, definidas pela Resolução 51 do CAU/BR. Uma delas é justamente a coordenação de cursos de graduação na área e o ensino de Teoria, História e Projeto de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo.
Outra temática importantíssima é a Residência Técnica. Trata-se de um tema que une formação e prática profissional, com o objetivo de assegurar melhor serviço a sociedade pelos arquitetos e urbanistas. A residência poderia ser feita em prefeituras e órgãos de governo, ou mesmo em escritórios, e poderia inclusive estar relacionada à Lei de Assistência Técnica. “Trata-se de uma discussão complexa, mas a Residência Técnica complementa perfeitamente a formação profissional. No médio prazo, sua aplicação acarretaria em um melhor exercício das atividades do arquiteto e urbanista no mercado de trabalho, assim como na defesa do cidadão e de seus interesses”, diz Chiletto. “São questões que precisam ser discutidas com base no novo contexto politico que existe dentro da Arquitetura e do nosso país”.
A discussão sobre a inserção do profissional em um mercado cada vez mais globalizado, com arquitetos de vários países projetando obras por todo o mundo, se dará a partir da carta da Unesco e da União Internacional dos Arquitetos (UIA), escrita pela primeira vez em 1996 e atualizada em 2011. Seu objetivo é servir de referência para formação de profissionais em todo o mundo, fornecendo um conjunto de diretrizes mundiais para inserção dos arquitetos nesses mercados globais.
As datas e locais dos eventos são os seguintes:
Julho: 25 e 26 em João Pessoa/PB – Local: Auditório do SINDUSCON-JP.
Agosto: 22 e 23 em Brasília/DF – Local: Auditório do CREA-DF.
Setembro: 19 e 20 no Rio de Janeiro/RJ – Local: Auditório da SEAERJ.
Já imaginou um arquiteto projetando um viaduto? Uma ponte sobre uma baia? Escolhendo e projetando uma cidade? O traçado urbanístico? Tudo isto sem ter estudado estruturas, saneamento básico, topografia, engenharia de tráfego, etc. A resolução traz o fracasso para a própria classe, ao tempo que acirra ainda mais os ânimos de duas categorias, engenheiros e arquitetos cujos trabalhos se complementam. A Arquitetura deveria ser apenas uma especialidade da engenharia, tal como a civil, a elétrica, etc. Concordo que deva haver um limite para atuação concorrente dos profissionais que entrarem no mercado a partir da publicação CONJUNTA(CREA/CAU) de resoluções neste sentido. A eficácia, com certeza, ficaria muito prejudicada, pois existe a segurança juridica que não pode tolher direitos já albergados pela lei vigente, ademais, o maior prejuízo seria para os arquitetos que, como agora, dificilmente seriam contrtados para executar obras. Queridos colegas, o CAU não tem o poder de criar reserva de mercado para os arquitetos e ainda mais, retirando de outras categorias já secularmente consolidada.